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Igreja de S. João Batista
Igreja Matriz do Estreito
Estávamos no ano de 1963 quando se iniciou a construção majestosa e singular da Igreja de S. João Batista. Ao longo de 7 anos edificou-se este monumento, ultra-arrojado para a época, graças ao querer e determinação do povo Estreitense e do seu Pároco Ribeiro Farinha.
Totalmente em pedra quartzite, retirada do maciço central da serra do Moradal, a Igreja Matriz foi inaugurada a 25 de outubro de 1970.
Conjuntamente com o Arquiteto José Pires Branco (autor do projeto), o Pároco da Freguesia na altura, Padre Ribeiro Farinha, o Escultor Domingos Gentil Soares Branco e com a valiosa ajuda do povo do Estreito surge esta imponente construção de características únicas e autenticamente singulares na nossa região.
Soares Branco foi uma personalidade, bem conhecida na época, que fortemente contribuiu para a grandiosidade desta Igreja.
Foi mestre na arte da modelagem, de concepção rigorosa e de riqueza inovadora nas suas obras, concentra neste espaço um considerável número de peças de sua autoria.
A fachada principal exterior é dominada pelo Grande Baixo – Relevo, também da autoria de Soares Branco, com mais de 25m de comprimento ladeando a Cruz principal da Igreja. Dignos de uma serena e longa admiração este baixo relevo de cerca de 32m2 de área.
Neste Baixo – Relevo é contemplada a vida da aldeia, também, são retratadas as atividades das suas gentes, como a resinagem, as serrações, a pastorícia, o linho, as rendas, as crianças que estudam, os idosos que descansam à lareira depois das canseiras e das dificuldades diárias.
Estes são painéis sucessivos em cimento de cores variadas formando uma espécie de Procissão representando as práticas de Culto e os cortejos fúnebres com a Cruz Processional do séc.VVI,
o Pendão das Almas, os Lampadários, assim como a representação das imagens principais da velha Igreja, o seu orago S. João Batista e a Nossa Senhora com o Menino ao colo.
No interior da Igreja os tons coloridos dos Vitrais de cimento e vidro baseados e ladeando o corpo principal do edifício surgem como, segundo o próprio escultor,
…”uma expressão de louvor a Deus pela natureza selvagem e bela que envolve este templo”
Ao fundo do Altar – Mor, que é composto por uma sumptuosa pedra de mármore verde escuro e ornamentado por valiosos azulejos moçárabes do séc. XVII recuperados da antiga Igreja, encontra-se afixado na parede principal O Cristo Ressuscitado, elaborado em cobre pelo processo de soldadura, com pedras semipreciosas incrustadas no cobre da bandeira.
Via – Sacra com as suas 14 Estações em madeira talhadas à mão são de dignidade suprema, contudo atualmente não se encontram expostas.
Cristo Crucificado na Cruz em madeira é uma réplica do Calvário Húngaro em Fátima, ambas as obras de Soares Branco, tendo sido concedida a devida autorização pelo Reverendo Padre Luiz Kondor, Postulante dos Videntes de Fátima.
Os vitrais surgem novamente na concepção do Baptistério, simbolizando o Batismo e a passagem por ele promovida ao estado Cristão, simbolizados pelos peixes com a Cruz, nadando no mar da vida.
Por fim o Sacrário, cuja porta é de uma beleza incrível, com uma réplica de “Cristo Ressuscitado” do Altar-Mor também em cobre.
Fonte: Reconquista, de 17-10-1970; NUNES, António, de 13-12-2013